Biografia
O cel. David era filho do capitão de ordenanças Manoel dos Santos Pacheco e de d. Maria Collecta da Silva e nasceu na cidade da Lapa, interior do estado Paraná.
Como a sua cidade natal fazia parte do caminho dos tropeiros entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, é natural que o jovem David Pacheco fizesse desta atividade o seu aprendizado para o futuro. Desde muito jovem se fez tropeiro e logo após fez fortuna aproveitando a topografia da sua região, pois adquiriu terras e preparou-as para que as “comitivas” realizassem paradas de descanso e engorda dos animais em suas instalações, já que no primeiro trecho desta viajem os animais perdiam peso e consequentemente se desvalorizavam. Desta maneira tornou-se respeitado comerciante de gado e muares, ampliando suas posses e constituindo fazendas de criação no Rio Grande do Sul, em Rio Negro e Itapetininga. David Pacheco foi um dos maiores tropeiros do Brasil no século XIX.
O prestígio adquirido como comerciante de gado levou-o para a política, sendo ele um dos fundadores do Partido Liberal e exercendo cargos de nomeação e eletivo, a começar pela presidência da Câmara Municipal da Lapa e logo após deputado provincial, na primeira eleição da recém criada província (David foi um dos que batalharam, arduamente, para a emancipação política da 5° comarca de São Paulo), no biênio 1854 / 1855, chegando a exercer o cargo de vice-presidente do Paraná.
Tornou-se comandante da Guarda Nacional em Curitiba e durante a Guerra do Paraguai, organizou um batalhão de voluntários com 150 soldados que foram fardados e equipados à sua própria custa.
Em 31 de maio de 1880, recepcionou, em seu solar, a comitiva imperial composta pelo Imperador D. Pedro II, Dona Teresa Cristina, além de nomes importantes como o almirante Tamandaré e o presidente da província Manuel Pinto de Sousa Dantas. Na qualidade de hospedeiro do monarca, comemorou essa feliz ato alforriando escravos que possuía em três fazendas, antecedendo em oito anos a própria Lei Áurea, tornando-se pioneiro da abolição da escravatura no Brasil e no Paraná. Três meses depois de ter recebido o imperador em sua residência, recebeu o título de Barão dos Campos Gerais. Outra honraria que obteve em vida foi o de ser Oficial da Imperial Ordem de Rosa.
Casou com Ana Pacheco de Carvalho, filha de Sebastião José Vaz de Carvalho e de d. Inácia Maria dos Santos e foi sogro do ministro paranaense Manuel Alves de Araújo.
[editar]Falecimento e homenagens
David dos Santos Pacheco faleceu em sua terra natal no dia 1° de novembro de 1893.
A cidade da Lapa e a capital paranaense homenageiam a memória deste valoroso cidadão ao batizar uma de suas vias de Rua Barão dos Campos Gerais.
Gostaria de entrar em contato com você.
ResponderExcluir